terça-feira, 20 de agosto de 2013

Robert Pattinson fala sobre perdão e filmes que está escrevendo em nova entrevista para a Glamour espanhola

Ele tem um dos olhares mais atraentes do cinema atual. Liberto de seu passado vampírico, o ator escreve os primeiros capítulos de sua nova vida, junto ao Dior Homme, transformado no ícone da liberdade.
Robert Pattinson disse não ser o homem perfeito, mas ele parece muito. Seus milhões de fãs acreditam nisso, depois de vê-lo no novo comercial do Dior Homme, os outros também. Discreto e misterioso, Pattinson (Londres, 1986) segue sendo o mesmo de sempre, apesar da fama que conquistou com a Saga Crepúsculo. Desde então, seu currículo cresce sem parar com títulos como Água para Elefantes, Bel Ami e Cosmópolis, de David Cronenberg. Logo os veremos em The Rover, e começará as gravações de: Maps to the Stars, de novo sob a direção de Cronenberg; e Hold on to Me, junto com a atriz Carey Mulligan. Acostumado a viver com os rumores de sua separação com Kristen Stewart, agora se sente pela primeira vez como um adulto. Em Los Angeles, em uma entrevista exclusiva para a Glamour, confessa que se considera um homem de uma mulher só. Eu disse: quase perfeito.

O que te levou a aceitar se tornar a imagem do novo perfume da Maison Dior?
Foi uma combinação de circunstâncias. Quando me fizeram a proposta, estava gravando filmes pequenos e pensei que representar uma empresa como a Dior me permitiria me aproximar do público. É bom ter uma grande marca como aliada. Ser a imagem de uma marca é algo que tenho duvidado muito. No passado rejeitei outras ofertas, mas quando a casa francesa me propôs, a decisão foi fácil. Gosto do que a marca representa. Gosto porque é algo inacessível e me conecto com sua filosofia.
 
Você sente falta da atenção midiática que Crepúsculo provocou?
Não, embora eu tenha encontrado novos sentimentos. Por um lado, a popularidade me obrigava a enfrentar a pressão da imprensa, mas por outro me sentia seguro fazendo parte de uma Saga tão rentável.
 
Quer dizer que Crepúsculo lhe deu um respaldo econômico que agora permite que você escolha livremente projetos cinematográficos de baixo orçamento?
Sim, é a isso que me refiro. Crepúsculo deu valor a minha imagem em todo o mundo. Antes de protagonizar uma comédia romântica, prefiro me tornar a imagem de uma grande empresa. É algo que na realidade poderia ter feito antes, mas esperei porque queria me ligar a uma boa marca. Faz dois anos, quando comecei a considerar a ideia de ser a imagem de um perfume, ninguém o fazia. Agora todos os atores o fazem, desde Brad Pitt até Matthew McConaughey. É divertido que agora o façamos.

Originalmente, a história do anúncio (dirigido por Romain Gavras) ia ser com dois homen e uma mulher, mas decidiram mudar o roteiro…
Muita gente achou que íamos ter uma orgia. Certas imagens foram cortadas porque havia nudismo e não queremos dar margem para ideias equivocadas.
 
Mas se você começa a se deixar ver rodeado por modelos, muita gente esperará que você faça exatamente o que se espera do ator sexy do momento…
Há uma linha muito precisa que delimita a realidade da ficção. Se as pessoas não são capazes de distingui-la, eu não posso fazer nada para explicar.
 
Você disse que se tornar a imagem da Dior o fez se sentir um adulto. Você sente que aos 27 anos perdeu a inocência?
Não sei. Agora me sinto menos coibido. Até agora me via como um adolescente, e desde alguns meses, já não me sinto tão imaturo.
 
Contribuiu para a sua maturidade ter se despredindo de Crepúsculo e de tudo que rodeava a Saga?
Não sei. Com Crepúsculo me tornei uma pessoa pública e meu ego teve que enfrentar muitas coisas. Eu não gosto de chamar a atenção, e que as pessoas me abracem e tirem fotos. Crepúsculo me obrigou a mudar. No entanto, nos últimos oito ou novo meses, sinto que estou mais confortável na minha pele.
 
As fotos da divulgação do novo perfume vêm acompanhadas de frases célebres de James Dean. Parecem muito boas, mas acabam sendo exaustivas. “Viva cada dia como se fosse o último”, por exemplo…
Assim vivo eu. Se tiver que morrer amanhã, me sentiria satisfeito com o que conquistei. Não sou uma pessoa muito ambiciosa.
 
Outra frase de James Dean diz “Perdoe rapidamente”. Para você é fácil perdoar?
(Suspira) Sou bom perdoando a mim mesmo.
Você tem que esquecer para perdoar ou é capaz de perdoar de uma forma generosa?
Acho que sou capaz de perdoar, sem mais. Mas neste momento não sinto a necessidade de perdoar ninguém. Não há nada que me incomode de verdade.
 
O anúncio da Dior fala sobre a independência e o sex appeal do homem de uma só mulher. Você se vê assim?
Não sei como me vejo, essa percepção muda a cada dia. O anúncio representa um casal que vive seu relacionamento com tanta intensidade, que no final é impossível mantê-lo. Mas não é real…
 
Alguma vez você já entrou de penetra em uma festa?
Em muitas, continuamente. Jamais me convidam para as festas, sempre tenho que ir de penetra. (Risos)
 
Como você combate o tédio?
Durante muito tempo me deu tanto medo aparecer em público que ficava em casa sem fazer nada. Mas chegou a um ponto em que não podia me esconder mais, então decidi mudar. Nunca me importei, porque gosto de passar o tempo sozinho, mas cada vez mais tenho mais confiança em mim mesmo.
 
Você continua escrevendo e compondo?
Sim, ultimamente estive compondo, desenvolvendo os roteiros de dois filmes e escrevendo. Um dos filmes eu vou interpretar, o outro não posso falar muito. É curioso, mas gosto de escrever os personagens como se fosse uma mulher e interpretá-los.
 
Por que você acha que isso acontece?
Acho se deve as emoções femininas, que são um pouco mais complicadas que as masculinas.
 
Você acha que é o homem perfeito?
(Risos) Não, para absolutamente nada. Estou muito, muito longe de ser.
 
Você se preocupa em se vestir bem? A roupa é algo importante para você na hora de definir sua imagem?
Claro. Acho que os sapatos são muito importantes, porque ainda que sejam bonitos, se eu não me sinto bem com eles todo o resto não serve. E no anúncio do perfume eu uso minha própria roupa.
 
Sério? Pensávamos que era da Dior…
Todas as camisetas do anúncio são minhas. Sempre que posso, acabo colocando algo meu.
 
Sua imagem projeta muita elegância, algo parecido com o charme britântico. Como você consegue?
Sou bastante quadrado e um pouco maníaco. Gosto muito de encontrar roupas que me cativem de verdade. Não quero fingir ser quem não sou e errar: uma roupa, uns sapatos e uma camisa inadequada podem estragar tudo. Gosto de me vestir elegantemente, mas sempre confortável.
 
Alguma fragância ou algum aroma que consiga despertar sua memória emocional?
Sim, o cheiro do café da manhã. Bacon, café, torradas… Lembro os domingos em casa, com meus familiares. Bacon e creme de levedura de cerveja.
 
Você gostaria de gravar um filme de super-heróis?
Não sei, não tenho abdome definido… Me falta um tanquinho! Acho que não me atreveria a firmar um contrato para um projeto desse tipo, que incluem vários filmes. Ainda estou aprendendo o que quero conseguir com minha carreira de ator.
 
Voltando ao seu abdome, você não é dos que aparecem sem camisa. A academia não deve ser sua onda, e você não a tira nem na praia…
Odeio ter que ir à academia. Agora que estou amadurecendo, quem sabe, pode ser que me dê um impulso, ainda que durasse só duas semanas. E enquanto a praia, a verdade é que não gosto de tirar a camiseta, prefiro me emborrachar. (Risos)
 
Desde que entrevistamos você por Harry Potter, você mantém a mesma humildade. Você não mudou nesses anos?
Sigo sendo o homem tímido e tremendamente inseguro. E, na verdade, nunca estive interessado em seguir o caminho do egocentrismo.

 
~duda


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